Alopecia Androgenética: causas, sintomas e tratamentos
A alopecia androgenética é um tipo de calvície muito conhecida por afetar uma grande porcentagem de homens e mulheres em todo o mundo. De acordo com Sampaio e Rivitti (2007), 50% dos homens e 40% das mulheres na faixa dos quarenta e cinquenta anos sofrem da doença. Todavia, também pode acontecer da AA se desenvolver ainda na adolescência, que é o período em que o estímulo hormonal surge, fazendo com que os ciclos de crescimento dos folículos sejam cada vez mais finos.
A origem da alopecia androgenética
O nome alopecia androgenética vem em parte dos andrógenos (“andro”), hormônios masculinos, além da condição genética de cada indivíduo. No entanto, apesar do termo “andro” fazer alusão a uma quantidade excessiva na produção desses hormônios, na grande maioria dos casos, os níveis hormonais costumam aparecer com resultados normais nos exames de sangue.
Por isso é de grande importância, além do acompanhamento médico, é claro, o paciente realizar uma avaliação feita por um tricologista para entender qual a causa exata da queda de cabelo. Exames como a tricoscopia ou a microscopia de luz polarizada ajudam a detectar tais problemas.
Já o desenvolvimento da calvície pode ser associado ao encurtamento da fase anágena do ciclo do folículo, e como conseqüência, um aumento da proporção de cabelos telógenos, podendo ser detectado em tricogramas da região fronto-vertical, antes da aparição da calvície.
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As causas da calvície
Como já falamos aqui, as duas grandes principais causas da alopecia androgenética são a hereditariedade e também os hormônios masculinos. Os dois realizam a atrofia dos folículos capilares, contribuindo para o aceleramento da queda capilar.
No entanto, também existem outros fatores comuns que favorecem a queda capilar de modo geral. Eles podem ser: dermatites seborreicas, oleosidade excessiva, ação de produtos químicos, tireoide, falta de vitaminas, má alimentação, estresse, efeitos colaterais de alguns medicamentos etc.
Vale lembrar que, se por exemplo, um indivíduo com tendência a desenvolver a alopecia androgenética tiver hábitos como os de cima, abusando de uma dieta irregular, utilizando químicas inapropriadas, passando por um longo período de estresse, entre outros quadros, a doença pode se tornar ainda mais agressiva e a queda de cabelo se intensificar. Por isso, esteja atento(a)!
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Os sintomas da alopecia androgenética
A calvície androgenética, tanto no homem como na mulher, tem o seu início apenas após a puberdade, um período de grandes alterações hormonais em ambos os sexos. Após este tempo, ela pode ocorrer em qualquer fase da vida, porém com muito mais intensidade a partir dos 40 anos na maioria dos casos. Podemos dizer que na mulher geralmente ela inicia em idades mais avançadas, por volta dos 50 anos, exercendo uma piora do quadro durante a menopausa.
O quadro mais comum da alopecia androgenética é o afinamento dos fios. O cabelo começa a ficar cada vez mais ralo e com isso o couro cabeludo mais exposto. Inicialmente, nas mulheres, os sintomas costumam ser um pouco mais discretos em relação aos homens, que possuem a desvantagem da doença atacar justamente a região frontal da cabeça.
Os sintomas da AA no homem
No homem, a alopecia androgenética se manifesta com a presença do hormônio masculino, a testosterona (T). Este é o andrógeno de maior concentração presente em seu organismo, dentre suas várias transformações, a sua conversão para diidrotestosterona é de suma importância para entender o processo da doença.
Durante o processo, a enzima citoplasmática chamada 5-alfa-redutase converte a testosterona em diidrotestosterona, a DHT, que provoca a redução progressiva dos folículos pilosos geneticamente suscetíveis, encurtando sua fase de crescimento. Após a administração da testosterona, a calvície começa a iniciar o seu desenvolvimento nos geneticamente predispostos, geralmente entre o 17 e 23 anos de idade, com uma queda gradativa e contínua.
A alopecia androgenética masculina pode necessitar de um tratamento clínico, cirúrgico, ou todos em conjunto dependendo do grau da calvície. Normalmente a queda capilar tem início através das entradas com um afinamento dos fios de cabelo, surgindo posteriormente a queda progressiva destes e a substituição por fios cada vez mais finos, até chegar a uma fina penugem. Neles, o couro cabeludo acometido é o da frente (entradas) e o de cima da cabeça, processo conhecido como a “coroinha de padre”.
Já em situações em que os sinais começam a surgir entre os 25 e 26 anos, o processo de queda capilar costuma ser mais lento e o tratamento pode ter uma melhor resposta se iniciado de prontidão. No entanto, se houver uma predisposição genética na família do homem, todos eles após os 50 anos irão apresentar uma calvície em maior ou menor grau.
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Os sintomas da AA na mulher
Para as mulheres, o problema costuma ser visto como um tipo de patologia que deve ser enfrentada e tratada com muita atenção, já que o cabelo possui grande representatividade na figura feminina em geral. Ou seja, além do problema estético, a calvície pode mexer inclusive com a ordem psicológica de cada uma delas.
A alopecia androgenética feminina pode surgir em qualquer época da vida, é uma condição genética comum, causada por um gene único, autossômico dominante com penetrância reduzida neste sexo. Ela pode estar associada ou não às endocrinopatias androgênicas.
Em mulheres adultas é apresentada uma alteração em relação ao padrão de cabelos pré-puberal. A alteração máxima ocorre após a menopausa, quando as concentrações de estrogênios declinam e existe um ambiente mais “androgênico‟. Os primeiros sinais costumam ser notados a partir de um afinamento difuso dos cabelos na parte média do couro cabeludo, mantendo a linha do cabelo na região frontal ou também pode se apresentar através da queda dos cabelos bilateralmente nas regiões temporais.
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Em algumas mulheres, a AA só começa a se manifestar após a menopausa quando ocorre uma diminuição da produção dos hormônios femininos. Em outros, já pode ser detectada após a puberdade. O afinamento dos fios, dificuldade de crescimento e a rarefação frontal são características na fase inicial da alopecia androgenética feminina.
A perda capilar nas mulheres costuma aparecer de forma parcial, e a área mais crítica é a região superior frontal da cabeça. Outra diferença é que, nelas, os cabelos das regiões laterais e posterior do couro cabeludo também podem ser afetados, fato incomum nos homens.
A maioria das mulheres com calvície tende a preservar os cabelos da linha frontal, enquanto os homens desenvolvem as “entradas”. Este quadro pode se tornar ainda mais intenso se a mulher apresentar alterações hormonais, como a síndrome do ovário policístico ou durante a menopausa.
Vale lembrar também que hábitos como alisar os cabelos, aplicar tinturas com químicas fortes, realização de permanentes, dietas inadequadas, ou até mesmo penteados que exerçam uma força sobre os cabelos, são pontos considerados fatores de risco para mulheres com AA, ou predisposição genética à ela.
Tratamento com medicamentos tópicos
Ressalvo os casos em que a queda de cabelo advém de uma origem genética e hereditária, a calvície pode ser evitada ou até mesmo retardada com o uso de certos medicamentos. Isso é, se os fatores de risco já mencionados também forem deixados de lado.
Os famosos inibidores do IDH como o Minoxidil e a Finasterida, são tipos de medicamentos que costumam ser usados para tratar problemas com a queda de cabelo. Em relação ao Minoxidil, podemos dizer que ele é um vasodilatador que normalmente vem sob a forma de loções de uso tópico, bloqueando os efeitos dos derivados da testosterona no cabelo e propiciando um crescimento mais rápido. No entanto, costuma ser contraindicado para mulheres.
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Já em relação à Finasterida, ela é um tipo de medicamento comumente utilizado em tratamento para a redução do tamanho da próstata. No entanto, estudiosos identificaram que seus componentes também costumam ser eficazes em tratamento para calvícies hereditárias em homens. As mulheres também precisam ficar longe dela, principalmente as gestantes, pois o uso da finasterida pode até mesmo causar uma má formação do feto.
Vale lembrar que os medicamentos citados precisam de um acompanhamento médico ou de um tricologista. O uso irregular de qualquer um deles pode resultar em efeitos indesejados para os organismo. Ou seja, antes de tudo, faça uma consulta com um profissional.
Terapias capilares
É importante dizer que as terapias capilares são um dos métodos mais eficazes para trazer de volta a saúde capilar de cada indivíduo, que possa ter uma calvície relacionada à alopecia androgenética ou de qualquer outro tipo. Além disso, elas não possuem contraindicações em relação a gênero, ou seja, pode ser feita por homens e mulheres de qualquer idade.
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Soluções imediatas
Mesmo durante o tratamento, existe uma solução rápida para melhorar a sua autoestima. Você pode optar por um aplique de topo, por exemplo, que irá disfarçar aquela área do couro cabeludo com pouco cabelo ou com um fio muito fino. Ele acrescenta volume ao seu cabelo e é bastante eficaz nos casos em que a pessoa queira disfarçar uma determinada região da cabeça.
Além dele, caso queira, é possível também contar com perucas de diversos estilos e cortes para alcançar o visual ideal para aquela ocasião especial. Falando nisso, a JakBell possui um serviço de personalização de perucas totalmente disponível em sua loja, no Rio de Janeiro. E se você ainda não iniciou o tratamento, mas precisa de uma solução eficaz e rápida, as próteses capilares podem ser uma opção bem interessante. As próteses de cabelo humano para homens e mulheres estão cada vez mais em alta, e com elas você poderá ter o visual que quiser, e rapidamente.
A importância da prótese capilar para a autoestima
Então, como vimos, a alopecia androgenética pode acometer tanto homens quanto mulheres, afetando diretamente sua autoestima e, em alguns casos, provocando crises de depressão, ansiedade e sofrimento emocional, pois os cabelos possuem grande importância na estética de ambos os sexos. Por isso, se você é uma dessas pessoas que sofrem deste tipo de calvície, procure um dermatologista e um tricologista o mais rápido que puder. Quanto antes o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de você ter o seu cabelo de volta.